segunda-feira, 7 de junho de 2010

Jovens GLBTs são principais vítimas de Cyberbullying



Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos em Educação dos EUA, descobriu que aproximadamente um em cada dois jovens gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GLBT), são vítimas regulares da nova forma de bullying.
A distribuição eletrônica de fotos humilhante, a divulgação de informações falsas ou privadas, por meio de salas de chat, sites de redes sociais, via e-mail e por telefones celulares, são alguns dos ataques online, que segundo pesquisa são causas de sofrimento psíquico e emocional das vítimas, produzindo pensamentos suicidas na maioria dos jovens atacados.
O professor adjunto da Universidade de Iowa, Warren Blumenfeld, relatou sobre as sequelas das agressões online, “Essa é uma idade em que as influências dos pares se tornam primordiais na vida de uma pessoa jovem. Se alguém é condenado ao ostracismo e atacado, podem ter consequências desastrosas, não só fisicamente, mas principalmente a saúde emocional para o resto de suas vidas”, pontuou.


A pesquisa que foi realizada online, com 444 alunos do ensino ginasial, colegial e estudantes universitários, na faixa etária de 11 e 22, sendo que 350 deles eram auto-identificados indivíduos não-heterossexuais. Segundo a pesquisa 54% dos jovens LGBTs e simpatizantes relataram ter sido vítimas de cyberbullying nos 30 dias anteriores a pesquisa.
Entre os entrevistados não-heterossexuais, 45% relataram o sentimento de depressão como uma conseqüência do cyberbullying, 38% sentiram vergonha e mais de um quarto (26%) tiveram pensamentos suicidas.
Os resultados ressaltaram a impotência sentida pelas vítimas de cyberbullying, 40% dos jovens não-heterossexuais indicaram que seus pais não acreditavam que se eles estavam sendo ameaçados online, enquanto 55 % relataram que seus pais não puderam fazer nada para deter os ataques e 57% indicaram que não achou que um funcionário da escola poderia fazer nada para resolver o problema,"Eles temiam que poderia haver mais retalhação por 'bisbilhotar'", disse Blumenfeld.
Um em cada quatro alunos LGBTs responderam que eles precisavam aprender a lidar sozinhos com o cyberbullying. Mais da metade também temia contar aos pais sobre o problema, pois eles poderiam restringir o uso da tecnologia, o que para Blumenfeld pode ser, muitas vezes, a solução "para o mundo exterior" para muitos jovens LGBTs que foram condenados ao ostracismo por seus colegas na escola.
O estudo também propôs estratégias de prevenção, "Uma das estratégias que sai deste estudo é que devemos encontrar maneiras no nosso campus para capacitar os jovens para falar e agir como aliados e capacitar o espectador para se tornar um aliado na eliminação do problema", afirma Blumenfeld.
Os pesquisadores recomendam o desenvolvimento de programação e normas sociais nas escolas, eles também apresentaram uma proposta de nova concessão para estender sua pesquisa a uma amostra nacional que incluiria entrevistas cara a cara com os grupos focais.
A pesquisa foi co-escrito por Robyn Cooper, um cientista de pesquisa e avaliação na pesquisa ISU do Instituto de Estudos em Educação (RISE). O estudo foi publicado na edição especial de temática LGBT, do mês de março/2010, da Revista Internacional de Pedagogia Crítica.

Fonte: Universidade Estadual de Iowa.

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